Achei estranho quando uma amiga que caminhava ao meu lado na calçada, subitamente quis atravessar a rua sem nenhum motivo aparente. Puxado por sua mão ansiosa, atravessei a rua num solavanco e ao recuperar o fôlego indaguei sobre tão estranha reação. “É que vi uma balança, logo à frente na porta da farmácia”, respondeu como se fizesse sentido. Após ler minha fisionomia de quem não entendeu nada, completou: “É que ia ficar tentada a subir nela e acho que não ia gostar do número que veria em seu painel então achei melhor fugir da tentação”.
Essa estranha experiência conduziu-me, mais uma vez, à reflexão sobre o ato de avaliar. Na vida, avaliar é constatar a realidade, refletir sobre o que constatou e agir, quando necessário, no sentido de corrigir a realidade constatada. Ao subir na balança e constatarmos que estamos com uns quilinhos a mais nos leva a refletir sobre o porquê de tal ganho de peso e, finalmente, a termos que tomar uma decisão e agir. Esse processo de avaliação (constatar, refletir e agir) é que garante que vamos atingir o objetivo que queremos. Avaliar serve para constatarmos a realidade, pensar sobre ela e corrigir o que está nos afastamos de nossos objetivos. É isso que fazemos ao provar uma comida que ainda está no fogo, sendo preparada. Se constatamos a falta de tempero, acrescentamos o que falta para que fique gostosa.
O único lugar em que avaliar foge a essa lógica é na escola. Aplicamos testes e provas para constatar o quanto os alunos aprenderam e, com pouquíssimas excessões, paramos aí. Na escola a simples contatação leva o nome de avaliação, mesmo sem a reflexão e sem a devida atitude, quando necessária. Na vida soa estranho, mas na escola soa como procedimento normal. Por alguma razão a escola somente constata há mais de quinhentos anos e, como já dissemos, todos encaram essa atitude como normal.
Talvez por tras disso esteja o mesmo medo da minha amiga. Subir na balança significa refletir sobre o próprio peso e tomar uma providência. Melhor não subir. O que me preocupa é que no caso dela, existe o medo de constatar. A escola sobe na balança, o problema é que pouco reflete sobre o que constata. Acho que reside aí o medo de ter que entrar em dieta. Melhor colocar a culpa na tendência dos alunos para engordar.
Achei estranho quando uma amiga que caminhava ao meu lado na calçada, subitamente quis atravessar a rua sem nenhum motivo aparente. Puxado por sua mão ansiosa, atravessei a rua num solavanco e ao recuperar o fôlego indaguei sobre tão estranha reação. “É que vi uma balança, logo à frente na porta da farmácia”, respondeu como se fizesse sentido. Após ler minha fisionomia de quem não entendeu nada, completou: “É que ia ficar tentada a subir nela e acho que não ia gostar do número que veria em seu painel então achei melhor fugir da tentação”.
Essa estranha experiência conduziu-me, mais uma vez, à reflexão sobre o ato de avaliar. Na vida, avaliar é constatar a realidade, refletir sobre o que constatou e agir, quando necessário, no sentido de corrigir a realidade constatada. Ao subir na balança e constatarmos que estamos com uns quilinhos a mais nos leva a refletir sobre o porquê de tal ganho de peso e, finalmente, a termos que tomar uma decisão e agir. Esse processo de avaliação (constatar, refletir e agir) é que garante que vamos atingir o objetivo que queremos. Avaliar serve para constatarmos a realidade, pensar sobre ela e corrigir o que está nos afastamos de nossos objetivos. É isso que fazemos ao provar uma comida que ainda está no fogo, sendo preparada. Se constatamos a falta de tempero, acrescentamos o que falta para que fique gostosa.
O único lugar em que avaliar foge a essa lógica é na escola. Aplicamos testes e provas para constatar o quanto os alunos aprenderam e, com pouquíssimas excessões, paramos aí. Na escola a simples contatação leva o nome de avaliação, mesmo sem a reflexão e sem a devida atitude, quando necessária. Na vida soa estranho, mas na escola soa como procedimento normal. Por alguma razão a escola somente constata há mais de quinhentos anos e, como já dissemos, todos encaram essa atitude como normal.
Talvez por tras disso esteja o mesmo medo da minha amiga. Subir na balança significa refletir sobre o próprio peso e tomar uma providência. Melhor não subir. O que me preocupa é que no caso dela, existe o medo de constatar. A escola sobe na balança, o problema é que pouco reflete sobre o que constata. Acho que reside aí o medo de ter que entrar em dieta. Melhor colocar a culpa na tendência dos alunos para engordar.
